Exportação de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresce no Brasil

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Exportação de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresce no Brasil

É fato que a área de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal tem crescido significativamente no Brasil, principalmente depois da pandemia do COVID-19. Além de grandes marcas como Natura, pequenas e médias empresas de cosméticos estão tomando seu espaço no mercado brasileiro. Mas, mais do que isso, também miram suas vendas para fora do país, alavancando a exportação de seus produtos. Nesse sentido, as vendas externas de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceram significativamente no primeiro semestre de 2022. Justamente por isso, preparamos o post de hoje para você ficar por dentro do assunto.

Dados divulgados pela Abihpec

De acordo com os dados divulgados em agosto de 2022 pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), as exportações desse nicho registraram uma alta de 14% de janeiro a julho em comparação com o ano de 2021, totalizando US$ 445,3 milhões. No mês de julho, as exportações atingiram US$64,1 milhões, uma alta de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já quando falamos em importações, estas totalizaram US$ 60,6 milhões, apresentando também um aumento em comparação com julho de 2021, de cerca de 9,4%.

As principais categorias de produtos exportadas no mês de julho foram itens destinados para cabelos, com US$ 16 milhões, seguidos de sabonetes, com US$8,8 milhões e, por fim, produtos de higiene oral, com US$ 7,2 milhões. Já nas importações, as fragrâncias continuaram no topo, com US$ 14 milhões, seguidas pelos cremes para pele, protetores e bronzeadores, que juntos somaram cerca de US$ 13 milhões. Vale lembrar ainda que higiene oral é a terceira categoria mais importada, com um total de US$ 5,7 milhões.

João Carlos Basílio, presidente-executivo da Abihpec, deixou registrado em nota que “Apesar dos excelentes resultados, é importante que o governo brasileiro atente para a necessidade de avanços em políticas de comércio exterior que venham no sentido de reduzir os impactos resultantes da elevação de custos logísticos internacionais e de insumos para o setor de HPPC, além de ações em facilitação de comércio, para melhoria no ambiente de negócios”.

Cenário atual

Mesmo durante a pandemia do COVID-19, o Brasil tornou-se o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do planeta. Contudo, como falamos, o mercado cresceu para além das grandes e tradicionais marcas, com pequenas e médias empresas de cosméticos ocupando maior espaço no mercado nacional e internacional. Afinal, devido a fatores como isolamento social, popularização do e-commerce e a desvalorização do real, a exportação de cosméticos se mostra como uma excelente opção para quem quer ampliar a visão de negócio.

Vale lembrar que o Brasil possui cerca de 20% da biodiversidade de todo o mundo, gerando excelentes oportunidades para inovar em matérias-primas e tecnologias. Inclusive, o setor de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) brasileiro é reconhecido como inovador de forma global. Nesse sentido, utilizar os insumos da biodiversidade local é um dos principais diferenciais para atrair e aumentar a competitividade no mercado internacional.

Diversas indústrias estrangeiras de HPPC já buscam por insumos brasileiros para o desenvolvimento de ativos para seus cosméticos. Afinal, eles agregam valor às empresas, visto que a sustentabilidade e o famoso conceito de beleza limpa estão cada vez mais presentes nas tendências mundiais. Da mesma forma, a grande miscigenação da população brasileira também impulsiona o desenvolvimento de produtos especializados para cada tipo de pele e cabelo.

Principais destinos da exportação de cosméticos brasileiros

O destaque fica por conta de países da América Latina em geral, com o seguinte ranking: Argentina; México; Chile; Colômbia; Paraguai. No entanto, é importante destacar que Estados Unidos e Portugal ficam em 8º e 12º lugares, respectivamente. Inclusive, esses países detêm os maiores mercados mundiais, além de oferecer uma boa porta de entrada para a Europa.

Devemos ressaltar ainda que cada país segue uma norma, sendo necessário estudar de forma aprofundada a legislação e exigências de cada destino, antes de iniciar as exportações.

Anvisa

Desde 2015, a Legislação brasileira incentiva a exportação de cosméticos. Portanto, qualquer produto fabricado em território nacional e com finalidade exclusiva de exportação não precisa notificado ou registrado no Brasil. Inclusive, essa medida não apenas reduz os custos do fabricante, como também aumenta sua competitividade no mercado internacional de cosméticos.

Portanto, o cenário atual mostra uma grande oportunidade para ampliar seu negócio. Além disso, os números informados pela Abihpec para o primeiro semestre de 2022 comprovam que as exportações do setor de HPPC são excelentes alternativas para os fabricantes nacionais.

Afinal, a pandemia do COVID-19 provocou diversas mudanças no comportamento do consumidor em todo o mundo, sendo que o conceito de beleza limpa é uma das principais. Nesse sentido, o Brasil é um país que se destaca devido à sua biodiversidade e miscigenação e a alta do dólar formou o cenário ideal para realizar exportações de produtos e cosméticos brasileiros para o exterior.

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