Desempenho da indústria calçadista no Brasil

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Desempenho da indústria calçadista no Brasil

Segundo dados da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), no primeiro bimestre de 2023, foram embarcados 26,77 milhões de pares, responsáveis por gerar US$ 219,78 bilhões. Esse número representa uma queda de 2,9% em volume e incremento de 5,1% em receita, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Contudo, são vários fatores que precisam ser analisados na indústria calçadista brasileira. Portanto, se quiser saber mais sobre o mercado, continue acompanhando o post de hoje até o fim.

Desempenho da indústria calçadista no Brasil

Ao analisar somente o mês de fevereiro, as exportações somaram mais de 12,14 milhões de pares, por US$ 101,85 milhões, mostrando uma queda tanto em volume (-10,6%) quanto em receita (-5,6%) em relação ao mesmo mês no ano de 2021.

Segundo o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, a queda registrada no último mês aconteceu devido à redução nos embarques para os Estados Unidos, que atualmente é o principal destino do calçado brasileiro no exterior, além da desaceleração na economia mundial, é claro. Ele afirma ainda que “os embarques brasileiros para os Estados Unidos vêm apresentando retração desde o segundo semestre de 2022, seguindo uma tendência de redução geral das importações daquele país”.

Além disso, de acordo com Ferreira, o mercado americano está passando por um momento de retração, assim como aumento da inflação e crescimento de estoques. Ele ainda acrescenta que, no ano passado, as importações de calçados cresceram mais de 33%, valor muito mais alto do que no varejo norte-americano no período (+1,1%).

Participação dos estados na indústria calçadista

No primeiro bimestre de 2023, o principal exportador de calçados do Brasil foi o Rio Grande do Sul. Isso porque, neste período, as fábricas gaúchas enviaram ao exterior 5,78 milhões de pares, responsáveis por gerar uma receita de US$ 87,84 milhões, quedas tanto em volume (-16,5%) quanto em receita (-3,6%) em relação aos meses de janeiro e fevereiro do ano passado.

O segundo maior exportador do setor, portanto, foi o estado do Ceará, de onde partiram 10,57 milhões de pares, que geraram US$ 64,94 milhões, incrementos tanto em volume (+1%) quanto em receita (+10,3%), em relação ao mesmo período em 2022.

Já na terceira posição entre os exportadores de calçados surgiu o estado da Paraíba. No bimestre, as fábricas paraibanas embarcaram 5,18 milhões de pares, recebendo um valor de US$ 19,5 milhões. Esses números representam incrementos de 17,5% em volume e de 51% em receita, quando comparado com o mesmo período no ano anterior.

Por fim, na quarta posição apareceu São Paulo. Nesses dois meses, o estado foi responsável por enviar 1,2 milhão de pares, gerando uma receita de US$ 18,42 milhões, queda de 5,6% em volume e alta de 2,6% em receita em relação ao mesmo período em 2022.

Principais destinos dos pares de calçados brasileiros

Pela primeira vez em 27 anos, ou seja, em toda a série histórica, a Argentina importou mais calçados brasileiros do que os Estados Unidos, neste mês de fevereiro. Eles foram responsáveis por adquirir 961,6 mil pares de calçados, gerando um calor de US$ 17,3 milhões, incrementos tanto em volume (+8,2%) quanto em receita (+51,3%) em relação ao mesmo mês em 2022. Inclusive, no ano anterior, os argentinos haviam importado somente 1,7 milhão de pares, por US$ 30,12 milhões. Contudo, gerou aumentos de 1,8% e 66,4%, respectivamente, no mesmo período do ano de 2021.

Por outro lado, os Estados Unidos tiveram quedas registradas tanto em volume (-62,4%) quanto em receita (-50,7%), em fevereiro no comparativo com o mesmo mês em 2022. Sendo assim, eles importaram cerca de 879,2 mil pares de calçados brasileiros, pagando US$ 17 milhões. Portanto, no bimestre, as fábricas brasileiras somam o embarque de 2,14 milhões de pares, gerando US%40,42 milhões, números que representam quedas de 47,7% e 33% respectivamente, no mesmo período do ano anterior.

Para finalizar, a Espanha é uma agradável surpresa no ranking do mês de fevereiro, ultrapassando a França, que estava na terceira colocação entre os principais destinos. Sendo assim, no mês de fevereiro, os espanhóis importaram 2,35 milhões de pares, gerando uma receita de US$ 7 milhões. Esses números mostram expressivos incrementos de 492,7% em volume e 473,6% em receita, em relação ao segundo mês do ano de 2022. Portanto, no acumulado, os espanhóis somam a importação de 4,4 milhões de pares por US$ 13,9 milhões, incrementos tanto no volume (+259%) quanto em receita (+237%), em relação ao primeiro bimestre de 2022.

Então, como você viu, a indústria calçadista no Brasil é bastante forte, com relações importantes de comércio exterior. Os Estados Unidos foram o principal destino dos calçados brasileiros no primeiro mês, mas no primeiro bimestre, o primeiro lugar ficou com a Argentina. Sendo assim, é sempre importante acompanhar o mercado e suas variações. Para isso, você pode sempre contar com a H7 Import para tirar dúvidas e se manter informado.

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