A exportação é uma atividade primordial para um país. Isso porque, para que ela aconteça, é necessário que a empresa qualifique sua mão de obra, busque por processos mais inovadores, tenha um sistema de comunicação eficaz e aperfeiçoe seus recursos humanos. Mas, além disso, a exportação também é uma forma de elevar o padrão dos produtos. Afinal, quando eles entram no mercado internacional, precisam atender às exigências do mercado.

Portanto, uma empresa que realiza a exportação de seus produtos, principalmente em um cenário globalizado como hoje, é primordial que esteja pronta para enfrentar a concorrência estrangeira. Com isso, diversos benefícios ocorrem, como o aumento de renda e oferta de emprego.

Sendo assim, confira no post de hoje como está o cenário atual de exportação no Brasil.

Carne bovina e soja

A soja e a carne bovina ganham cada vez mais destaque no cenário internacional nos últimos anos, sendo alguns dos produtos mais comercializados pelo Brasil.

São mais de 150 países que importam a carne bovina brasileira, com uma grande variedade de cortes consumidos em todo o mundo. Inclusive, em 2021, o rebanho do país foi estimado em 196,47 milhões de cabeças, sendo que a exportação de carne bovina atingiu US$ 9,2 bilhões, um crescimento de 8,4% em comparação com 2020.

De acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), houve um crescimento nas três primeiras semanas de setembro de 2022, com a exportação de 114,06 mil toneladas de carne bovina in natura, ou seja, sem qualquer processamento, dos frigoríficos brasileiros. O volume médio diário ainda ficou 18% acima da média de agosto desse ano e 16,5% superior à média de setembro do ano passado.

Já quando falamos da soja em grãos, houve alta de 28,5% no preço médio de exportação nos últimos 12 meses, com a venda de 6,10 milhões de toneladas. O país que mais compra a soja brasileira é a China, com 4,4 milhões de toneladas somente em agosto de 2022. Para especialistas, o Brasil ainda tem um grande potencial para melhorar ainda mais sua produção de soja.

Produção agropecuária

Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e as projeções para o setor agropecuário de 2022 e 2023, haverá um grande crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em cerca de 10,9% para o próximo ano. Nessa análise foi considerada a expectativa de alta de 13,4% na produção vegetal para as produções de soja e milho e de 2,6% na produção animal, devido ao bom desempenho de produção de bovinos e suínos no Brasil.

Etanol

A expectativa para o ano de 2022 é que o Brasil bata o recorde de exportações de etanol para a Europa, com embarque de mais de 600 milhões de litros do biocombustível. Nesse sentido, o país irá encontrar um mercado mais interessante no exterior do que internamente, segundo análises e pesquisas.

O último recorde registrado pelo Brasil nas exportações para o continente europeu foi em 2010, ao comercializar 477 milhões de litros. Já no ano de 2022, as exportações acumuladas para a Europa entre janeiro e agosto já totalizaram 427 milhões de litros, volume cerca de 435% maior que o mesmo período de 2021.

Especialistas avaliam que esse crescimento, que vem sendo registrado desde o mês de junho, é uma resposta do setor sucroenergético à redução dos impostos sobre os combustíveis e à queda dos preços domésticos do etanol. Afinal, o biocombustível vem recuando para acompanhar as reduções da gasolina, também feitas pela Petrobrás.

Frango

As exportações brasileiras de carne de frango devem somar 4,7 milhões de toneladas até o final de 2022, um aumento de 11% perante o recorde de 2021, com 4,225 milhões de toneladas. Esses números foram divulgados pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, sendo que para o ano de 2023, a expectativa é de um aumento de 6% para 5 milhões de toneladas.

Segundo o USDA, os principais motivos que causaram a escassez da proteína animal em diferentes mercados foram o surto de peste suína africana na China em 2018, surtos recentes de influenza aviária na Europa, Oriente Médio, África, Ásia e América do Norte, além do conflito na Ucrânia.

Cenário atual de exportação

O cenário da exportação no Brasil é muito positivo, sendo que no primeiro semestre de 2022 houve um registro de 20,5% de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), a atividade ainda gerou um capital de US 164,1 bilhões para o Brasil.

 A soja teve uma participação de 19%, sendo o produto mais exportado no país, seguida por óleos brutos de petróleo, minério de ferro, óleos combustíveis de petróleo, carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, café não torrado, demais produtos da indústria da transformação, carnes de aves e miudezas, celulose, açúcares e melaços.

Portanto, além de ser um cenário positivo, a expectativa é de crescimento para o país.