A globalização possibilitou o acesso a uma gama infinitamente mais ampla de produtos, provenientes dos mais diversos cantos do mundo. No entanto, ao importar esses produtos, especialmente no Brasil, é fundamental estar ciente dos custos adicionais que podem surgir. Estamos falando das taxas alfandegárias e dos impostos que, muitas vezes, surpreendem os consumidores. Então, pensando em te ajudar, preparamos o post de hoje para falar quais são esses custos e como antecipar e calcular essas despesas. Vamos lá?
1. Taxas Alfandegárias: O que são e como são aplicadas?
As taxas alfandegárias, também conhecidas como tarifas de importação, são impostos cobrados sobre mercadorias que cruzam fronteiras internacionais. No Brasil, essas taxas são determinadas principalmente pela Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) do produto. O valor do imposto varia conforme a categoria do produto, sendo crucial conhecer a taxa específica aplicada ao item que você deseja importar.
Por exemplo, eletrônicos podem ter taxas diferentes de vestuário ou alimentos. Afinal, essas tarifas são estabelecidas não apenas para gerar receita para o governo, mas também para proteger a indústria nacional contra a concorrência estrangeira. Portanto, produtos que possuem forte produção nacional podem ter taxas mais altas para desencorajar sua importação.
2. Impostos de Importação: Quais são e como afetam o preço final?
Além das taxas alfandegárias, existem outros impostos que podem ser aplicados em produtos importados. O principal deles é o Imposto de Importação (II). Mas não é só isso: o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) também entram na conta.
Assim como as taxas alfandegárias, o II é calculado com base no valor aduaneiro do produto, que inclui o preço do produto mais o frete e o seguro internacional. Já o IPI, PIS e COFINS são calculados com base no valor aduaneiro mais o II. Nesse sentido, é vital que o consumidor esteja ciente de que o preço inicial do produto pode aumentar após a adição desses impostos.
3. Como calcular e antecipar os custos?
Para evitar surpresas desagradáveis, é fundamental que os consumidores calculem e antecipem os custos de importação. Existem algumas ferramentas e simuladores online que auxiliam nessa tarefa, assim como a importadora também pode te ajudar. Contudo, é sempre bom entender o processo.
Primeiro, identifique a NCM do produto para saber a taxa alfandegária aplicável. Depois, some ao valor do produto o custo do frete e seguro internacional (se houver) para obter o valor aduaneiro. Então, aplique o II sobre esse valor. A partir daí, você pode calcular os outros impostos (IPI, PIS e COFINS) sobre a soma do valor aduaneiro e do II.
Por exemplo, se um produto custa R$ 100, com R$ 50 de frete e seguro, o valor aduaneiro é R$ 150. Se a taxa do II for 10%, o imposto será de R$ 15. Se os outros impostos somarem 20% sobre R$ 165 (valor aduaneiro mais II), isso resultará em R$ 33 adicionais. Portanto, o custo total do produto, com taxas e impostos, seria de R$ 198.
No entanto, vale lembrar que as regras e taxas podem mudar. Por isso, é importante sempre verificar as atualizações e, se possível, consultar um despachante aduaneiro ou especialista na área.
4. Isenções e limites de valor para importações
A Receita Federal estabelece algumas isenções e limites de valores para importações feitas por pessoas físicas. Por exemplo, envios postais de até 50 dólares estadunidenses enviados de pessoa física para pessoa física são isentos de tributação, desde que não haja finalidade comercial.
No entanto, essa regra possui exceções, e produtos adquiridos em sites de empresas, mesmo que abaixo de 50 dólares, podem ser taxados. Além disso, há limites de quantidade e frequência nas importações, afinal, o órgão fiscalizador está atento para práticas de comércio disfarçado de envio pessoal.
5. Regimes especiais de tributação
Existem certos regimes de tributação que facilitam o processo de importação para determinadas categorias e situações. Um exemplo é o Regime de Tributação Simplificada (RTS), que calcula os impostos de maneira unificada para remessas postais internacionais. Esse regime simplifica o cálculo, porém, pode não ser sempre o mais vantajoso.
Assim como o RTS, existem outros regimes que podem ser aplicáveis dependendo da natureza, origem e finalidade da mercadoria. Portanto, antes de concretizar uma importação, é válido pesquisar e entender qual regime é o mais adequado para sua situação.
6. Consequências pelo não pagamento dos impostos e taxas
Muitos consumidores, por desconhecimento ou tentativa de evitar custos, acabam não pagando as devidas taxas e impostos. Porém, isso pode gerar sérias consequências. A mercadoria pode ser retida nas alfândegas e, em alguns casos, o consumidor pode ser penalizado com multas.
Portanto, como você viu, são diversos custos envolvidos no processo de importação. Nesse sentido, contar com uma importadora de confiança e qualidade, como a H7 Import é a melhor opção para evitar problemas e dores de cabeça desnecessárias.